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Origem e Surgimento da Bolsa de Valores no Brasil.

Você já se perguntou como surgiu a Bolsa de Valores no Brasil e como ela se desenvolveu ao longo dos anos?

Pois bem, a história da Bolsa de Valores no Brasil é fascinante e repleta de eventos marcantes que moldaram o mercado de capitais como o conhecemos hoje. Desde os primeiros passos dados pela coroa portuguesa no Rio de Janeiro, passando pela criação do Banco do Brasil, até os dias atuais com a consolidação do Sistema Financeiro Nacional e a atuação das principais bolsas de valores do país.

Neste artigo, vamos explorar a história da Bolsa de Valores no Brasil, desde suas origens até os dias atuais. Venha conosco nesta jornada pelo mercado de capitais brasileiro!

No período em que a coroa portuguesa chegou ao Rio de Janeiro, a economia brasileira se baseava na agropecuária e no comércio atacadista.

Não havia um mercado de capitais ou atividade bancária forte no território. Contudo, em 1808, com a criação do Banco do Brasil e a emissão de 1.200 ações do banco, a economia começou a mudar.

A família real tinha como objetivo criar manufaturas industrializadas no país através da expansão do crédito e isenções de impostos para a importação de matérias-primas e exportação de produtos industrializados.

Em 1809, como parte das medidas de modernização do Brasil, o Príncipe Regente determinou a construção de uma Praça do Comércio no Rio de Janeiro, que mais tarde se tornaria a Bolsa de Valores. Antes de sua inauguração em 1820, Salvador inaugurou a primeira bolsa do país em 1817.

Com o aumento da atividade econômica no território, conheceu bancos comerciais e Praças do Comércio nas principais províncias.

A regulamentação no mercado de capitais brasileiro era praticamente inexistente, e os comerciantes interessados ​​em negociar pagavam apenas uma anuidade para a administração da Praça. Em 1828, com o aumento da dívida do Império do Brasil, o Tesouro Nacional decidiu vender títulos da dívida pública.

Nos próximos anos, diversas sociedades anônimas viveram no Rio de Janeiro e utilizaram o mercado de capitais como forma de financiamento.

O governo imperial promoveu diversas mudanças no processo de abertura das sociedades anônimas, eliminando a obrigatoriedade de elaborar uma lei especial para a criação de cada sociedade anônima e permitindo apenas a autorização do governo e a aprovação do contrato social.

Em 1845, a profissão de corretor foi oficialmente reconhecida, com a iniciativa do estado de organizar um mercado para a negociação de títulos públicos e privados. A função era vitalícia, com diversas exigências para o indivíduo que decide exercê-la, como depósito de garantias e pagamento de várias taxas e tributos às praças e ao governo local.

Em 1888, havia 95 empresas de ações no Rio de Janeiro, e com a expectativa do fim da escravidão no Brasil, começou uma onda de otimismo. Acredita-se que a abolição da escravidão exigiria a imigração de trabalhadores assalariados para o país, que estimulariam a atividade econômica.

No entanto, a incerteza persistiam sobre o impacto da abolição na base da economia brasileira, a agropecuária. Em 1890, foi fundada a Bolsa Livre em São Paulo, que mais tarde se tornaria a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). No entanto, a Bolsa Livre encerrou suas atividades em 1891 devido à crise do encilhamento. A BMSP nasceu em 1917, a primeira bolsa de mercadorias e futuros do Brasil, que trabalhava com operações a termo, como café, milho e boi gordo. As bolsas de mercadorias se multiplicaram em todo o país, relacionadas com a produção local.

Em 1964, o governo militar assumiu o poder no Brasil, levando as mudanças sociais e a hemorragia. Nesse mesmo ano, foi criado o Banco Central do Brasil e, em 1965, foi aprovada a Lei de Mercado de Capitais para regulamentar e desenvolver o mercado de capitais do país.

O Conselho Monetário Nacional e o Bacen foram responsáveis ​​pela regulação e fiscalização dos mercados financeiros e de capitais, dando origem ao Sistema Financeiro Nacional.

Em 1966, o Bacen estabeleceu novas regras para as bolsas de valores, que passaram a ser sociedades civis e com representação no Sistema Distribuidor de Títulos e Valores Mobiliários, juntamente com as sociedades corretoras e distribuidoras.

O Banco de Investimentos do Brasil foi criado em 1966, e os bancos de investimento se tornaram importantes no mercado de capitais brasileiro.

Nos anos seguintes, ocorreram diversas mudanças no mercado de capitais brasileiro, como a criação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 1976, que regulamenta e fiscaliza o mercado de valores mobiliários. A CVM tem o papel de proteger os investidores e garantir a transparência nas operações do mercado.

Em 2000, ocorreu a fusão das bolsas de valores do Rio de Janeiro e São Paulo, formando a BM&FBOVESPA, que se tornou uma das maiores bolsas de valores do mundo. Em 2017, a BM&FBOVESPA se uniu com a Cetip para formar a B3, uma das principais empresas de infraestrutura de mercado financeiro do mundo.

Hoje, o mercado de capitais brasileiro é um dos mais desenvolvidos da América Latina, com uma ampla gama de produtos financeiros, como ações, títulos de renda fixa, fundos de investimento, entre outros. A B3 é responsável pela negociação desses produtos, proporcionando liquidez e transparência às operações.

Em conclusão, a Bolsa de Valores brasileira teve sua origem em 1820, com a criação da Praça do Comércio no Rio de Janeiro. Desde então, o mercado de capitais brasileiro passou por diversas mudanças e evoluções, contribuindo para o desenvolvimento econômico do país. Hoje, o mercado de capitais brasileiro é um dos mais importantes da América Latina e está em constante crescimento, proporcionando oportunidades de investimento para os investidores e financiamento para as empresas.